quarta-feira, 14 de novembro de 2007

“In tu ir” e vir...


Lago calmo,
Calando tudo que a visão alcança.
Pelo olhar a contemplação,
olhar com força e exaltação,
por ligar – como rio se une ao mar.
Nuvem que sou,
pois preciso sentir.
Sedenta por entender o toque
da água, o vapor que envolve
e mistura os limites do divisível.
Grito o silêncio!
Não por imposição,
mas por vida.
Voar, ser e mergulhar,
estar no aqui e ao longe.
Não ter forma e ser tantos personagens
quanto a mente puder criar, como exige a vida e outrossim
da forma proibida...pois ela diz através do eco social,
vc só pode ser um.
O eu é pequeno de mais.
Não o usar é deixar a proteção em casa,
Ser livre.
Não temer as investidas testadoras do destino.
Ser sem amanhã, depois ou prudência.
O futuro pertence aos outros.
Só tenho alguns agora solúveis.
Também não há formas, regras ou pretensões.
Como um plasma decifrador do que se busca,
Sem plano, projeto ou estratégia.
O secreto livro dos pontos
contou a história tal como aconteceu.
Quem liga para o livro?
Páginas negras com letras invisíveis...
Só lembramos ao dormir da linguagem.
E, ainda, fizeram com que realizasse o juramento,
Saber apenas quando não pensasse!
O pacto foi firmado
O selo que se queima, tatuado..
Solenemente.
(a sensação do eterno cristalizou o momento)
Porém, as mudanças seguem...
E o barco continua a atravessar os ventos e a tela
que ele ultrapassa.
Há realidades mais encantadoras que sonhos.
Morar com vista para o inconsciente
é estar na tela para ser redefinida com a
mudança dos ventos.
E as mãos invisíveis com seus cantarolantes
assobios escovam os pensamentos
que se transformam em fios que tecem
o caminho das estrelas até a cabeça.
É o entrelaçamento pronto.
Desce a intuição.
A intuição como parte do trajeto
até a fonte –
o ponto de luz que serve a taça capital...
Aos brindes!
Saltam gotas...
Colhendo-as, quem está?
Antes que se dissolvam no ar!